quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Jornalismo, Ética e Consumo




Tamara Aquino e Fernanda Dávilla.


Os diferentes tipos de jornalismo podem influenciar de maneira positiva ou negativa o consumo. A informação correta e com credibilidade pode determinar a compra de muitos consumidores. O jornalista assume,portanto, a responsabilidade do conteúdo informativo onde esse deve passar a informação verídica do produto, e os benefícios e malefícios, orientar como gastar e economizar e comunicar os direitos dos usuários. O jornalista pode direcionar o consumidor no processo de uma e dar artifícios ao mesmo para resolvê-la.

Entretanto é preciso alertar para as atividades do consumo. A publicidade exposta em revistas pode influenciar de maneira ruim as pessoas. Um exemplo disso são as revistas de moda que abusam da publicidade e da opinião de conceituados jornalistas para induzir a compra. As revistas de moda servem como uma bíblia e moldam pensamentos e comportamentos do público feminino. Saber as tendências, o que é "In" e o que é "Out" e qual vestimenta usar em determinadas ocasiões são pontos chaves para conquistas as mulheres. Apostas como o que usar para deixar o homem aos seus pés ou a roupa certa para garantir seu sucesso entra potencializado na cabeça das mulheres e as fazem querer tudo que a revista sugere. A premissa de que vale o investimento provoca uma reação frenética entre as mulheres que buscam pelo consumo oferecido nestes veículos com a promessa de sociabilidade, autoestima e confiança. O consumidor confia plenamente na opinião presente no veículo e parte em busca daquela promessa sem receios e uma informação falsa por parte dos jornalistas pode causar o investimento perdido do leitor.

Portanto como jornalistas temos a possibilidade de promover uma conscientização em torno das atividades do consumo e proteger o consumidor das grandes tentações impostas pela mídia e prevenir um consumo exagerado sem danos aos compradores, principalmente consumidores da classe C que investem após meses economizando porque não podem gastar sem retorno.

A jornalista e colunista do Opovo Online, Roberta Fontenele, conversou sobre a a conscientização através do jornalismo.

Como o jornalismo pode conscientizar os consumidores?

Indicando a maioria da população o uso correto do seu dinheiro. Um percentual pequeno da população tem muito dinheiro, a grande maioria é composta pela classe B e hoje a ascensão da classe C, então é preciso tomar cuidado com o dinheiros dessas pessoas. Às vezes alguém passa cinco meses economizando dinheiro para uma depilação a lase e ver no jornal tal da jornalista tal que a melhor depilação é com determinado equipamento em um clinica específica. Ela pega o dinheiro dela e investe nesse tratamento e não funciona. E isso não é correto. É necessário ter cuidado de orientar realmente o que é bom para seus leitores, independente dos seus interesses particulares e dos interesses econômicos da empresa que você trabalha. Em primeiro lugar o interesse é do leito. E é tudo interligado, uma bola de neve, se você não tem credibilidade e o leitor não acredita em você, você não tem leitor, e se você não tem leitor você não tem cliente, e principalmente, se você não tem leitor você não tem anunciante, então independente do jornalismo que você exerça tem que ter credibilidade seu foco não é o anunciante, a empresa ou o dinheiro, seu foco é sempre o leitor.

6 comentários:

  1. Além das revistas de moda, outro tipos de revista que induzem bastante o consumo são as revistas voltadas para o público infanto-juvenil. Quando não é uma matéria destacando as "10 cores de esmalte mais usadas pelas celebridades", é alguma do tipo "top 5 melhores jogos de Xbox". Na grande maioria das vezes, estas crianças e adolescentes sequer percebem que estão sendo induzidas pela revista ao ato do consumo. Por isso, concordo, o papel do jornalista é indicar para o leitor-consumidor o uso correto do seu dinheiro e não induzi-lo ao consumismo exacerbado.

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  2. Numa sociedade marcada pelo consumo desenfreado é uma tarefa quase impossível desvincular o caráter publicitário dos meios de comunicação, sobretudo, nas publicações impressas. Isso é justificável, visto que os veículos de comunicação existem por conta das ações de publicidade. No entanto, no jornalismo, como em qualquer área do conhecimento, há um limite ético que deve ser respeitado. No caso do jornalismo, mais especificamente, informações em publicações de moda, por exemplo, devem ser levadas a sério como qualquer outra por seus profissionais. O jornalismo é feito da sociedade para a própria sociedade, isto é, o jornalismo é plural. Induzir o leitor ao consumo não é nosso papel. Nosso papel é apresentar os fatos. Cabe a qualquer cidadão entendê-lo à sua maneira e agir de acordo com seus princípios.

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  3. Com a chegada do natal e do fim de ano os profissionais regularizados recebem o 13º salário, o que acaba virando pauta nos principais meios de comunicação, os telejornais fazem matérias dando dicas como fazer para gastar seu salário, em presentes pra família, para o amigo secreto, nas compras da ceia, um verdadeiro carrinho de compras parece sair de dentro da tela. É o jornalismo incitando o consumismo e fazendo propaganda de produtos.

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  4. É verdade os diferentes tipos de jornalismo vinculados na mídia, no jornal, tv,
    rádio e principalmente em revistas pode sim influenciar de maneira positiva
    ou negativa na vida das pessoas,seja elas qual for tipo de classe social, tipo o jornalista faz uma matéria sobre algo novo que chegou no mercado, ou sobre um dos tratamentos mais avançados hoje em dia no mercado da beleza, o telespectador pode
    ser manipulado por esse jornalistas e que muitas das vezes nem todas as informações são verídicas.

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  5. Infelizmente vivemos em uma sociedade capitalista que visa a questão estética. E o que a publicidade faz? Quer vender o seu produto! E, como os veículos de comunincação têm de ter publicidade nas suas páginas,porque apenas com o dinheiro da vendagem a revista não há lucro,eles tentam "infiltrar" na cabeças das pessoas essa idéia. Não sei se é fato ou não,mas a classe mais baixa da população é quem sofre com isso, apesar de alguns não terem estudo adequado, querem "imitar" aquela "celebridade", usando uma roupa parecida,um esmalte, só que eles não visam o seu bem estar se preocupando com o necessário.É o que diz um ditado "viva o luxo,e morra o buxo",e a nossa função de jornalista não é informar o que aquela "celebridade" está usando, e sim o que está acontecendo no mundo, ou se for falar daquele artista, devemos falar do trabalho que está sendo realizado por ele.É tudo uma questão de como a notícia vai ser repassada...

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  6. Muito além do jornalismo já existe o consumo exagerado, principalmente em datas comemorativas. Os jornalistas, portanto, tem o papel social de apresentar de forma inovadora, por que já virou clichê matérias do tipo "Como gastar bem o seu 13°", "O que devo comprar no natal?", "Onde comprar melhor?", o verdadeiro jornalismo de serviço, não com a intenção de influenciar, mas informar.

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