Por Mimosa Pessoa
Foto 1: Mimosa
Pessoa. Foto 2: www.google.com Não se opera cabeça, só o estômago.
Alimentação balanceada e exercícios físicos moderados, ajudam a manter a boa forma com saúde.
Segundo a nutricionista Verônica Paiva, você só precisa
de 30 minutos de atividade física moderada por dia. É só fazer aquilo que você
faz colocando mais energia, movimentando mais seu corpo. Para ser ativo
é preciso energia, conseguida com uma alimentação diversificada, rica em
alimentos naturais. O ideal é fazer seis refeições por dia, com alimentos
balanceados, sucos, frutas cereais, verduras, legumes, feijões, carnes etc. Siga
a nova pirâmide alimentar como ponto de partida. Não se esquecendo de beber
água durante o dia para se manter bem
hidratado. Siga as dicas de a pirâmide alimentar, sua saúde agradece. Ao se
submeter a uma cirurgia seja bariátrica seja intervenção plástica é importante
saber que sua mente e suas emoções não serão operados, estando ciente dos
riscos que corre.
XG- No início de 2000 mil surgiu aqui no Brasil um novo procedimento
chamado de cirurgia bariátrica. Este método consiste em reduzir o estômago,
isolar com grampos parte do intestino deixando o paciente sem absorver a maioria dos nutrientes. Reduzindo o número
de calorias ingeridas além de colocar um anel de silicone para obrigá-lo a
deglutir com mais calma facilitando a sensação de saciedade. Essa técnica virou
um boom. Agora 14 anos depois estamos presenciando essas mesmas pessoas
recuperando o peso perdido, voltando a serem obesas. Como a senhora analisa
este fato?
VP- A obesidade é uma doença crônica e seu tratamento visa o
paciente como um todo. É importante salientar que o sucesso do tratamento
cirúrgico da obesidade depende principalmente de uma indicação cirúrgica precisa.
Que o paciente obeso seja devidamente esclarecido dos prós e contra da
cirurgia, compreendendo as razões da mesma. Para tanto, é fundamental a
presença de uma equipe interdisciplinar.
XG- O que se deve fazer para voltar ao peso ideal, mantendo a saúde física e mental?
VP-O grande problema é que “
se opera o estômago e não a cabeça”. Não existe mágica para o tratamento da
obesidade que deve incluir mudanças no estilo de vida. Isto inclui uma
alimentação balanceada, exercício físico e uma boa noite de sono.Vinte a trinta por cento dos
operados aprendem a driblar as restrições alimentares. Descobrem que alimentos
líquidos, pastosos, sorvetes, leite condensado, bebidas doces ou alcoólicas são
ingeridas sem causar desconforto ao organismo, desde que ingeridas em pequenas
porções e várias vezes e daí começam as buscas por alimentos calóricos. É
necessário aprender a separar emoções dos alimentos.É fundamental um acompanhamento
nutricional sistemático, onde a conduta dietoterápica, visa a manutenção e/ou
melhoria do bom estado nutricional durante o período de perda ponderal muito
severa para manutenção do peso ideal, não prejudicando seu estado nutricional
com a falta ou excesso de nutrientes. As consultas pré e pós – operatórias
estimulam o paciente obeso a mudar seu comportamento alimentar em vez de
depositar na cirurgia todas as suas expectativas de prazer, relações amorosas,
emprego, etc.
XG- Em contrapartida estamos presenciando outro
boom: o a busca do corpo perfeito por meios cirúrgicos e com exageros nos
exercícios físicos. Não é um contra censo? E como lidar com essa postura?
VP- As academias
estão sempre lotadas, os cirurgiões plásticos com suas agendas cheias e mesmo
assim parece que as pessoas continuam insatisfeitas e infelizes com a própria
aparência.
Não precisamos voltar muito no
tempo para lembramos que há algumas décadas o máximo que se poderia esperar em
termos de prótese, seriam os dentes... Hoje em dia, quem pode ter certeza sobre
cor dos olhos, tamanho dos seios, bumbum, barriga ou cabelos de alguém? ...
Tira gordura daqui, enxerta ali. Somente cérebro e coração dessas pessoas não mudam, um permanece vazio e o
outro amargurado. Não sou contra os cuidados destinados à beleza, desde que
haja coerência. O importante é cuidar para não se deixar dominar pela ditadura
da beleza.
A prática do culto à beleza, de
uma forma em geral, atravessa indistintamente classes sociais e faixas etárias,
embasada numa “justificativa” confusa que mistura estética e saúde. Na verdade
o culto ao belo sempre esteve, de diversas formas, ligado à história da
evolução do homem.
Não podemos esquecer os grandes
vilões como as indústrias e a TV que vendem resultados milagrosos e corpos
“maravilhosos”. Já o comércio tenta convencer o ingênuo consumidor a comprar o
que não está disponível nas vitrines: saúde, juventude, sucesso e felicidade. A
obsessão deve estar em sentir-se bem e com uma autoestima satisfatória.
Acredito que, o único padrão a ser seguido é o respeito aos limites do corpo e
a si mesmo.