quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Médicos brasileiros defendem uso da maconha para fins medicinais

Utilizada há alguns milênios ao redor do mundo e conhecida cientificamente como 'Cannabis sativa', a maconha é considerada a droga ilícita mais usada em nosso país. Ao contrário do Brasil, países como Espanha, Holanda,Canadá e Israel têm programas para o cultivo da erva desde que obedeça a fins medicinais. Não muito daqui, temos o Uruguai que através de projeto de lei, regularizou a produção e venda do produto em farmácias.
No início de 2014 o estado de Nova York tornou-se o 21º nos Estados Unidos a permitir o consumo de maconha para fins medicinais. Seguindo a ideia, a França iniciou a produção de um medicamento para tratamento da esclerose múltipla que tem como princípio ativo a erva. 



Embora nossa legislação ainda não permita o uso com fins psicoterapêuticos, o Brasil já conta com um grupo de pesquisadores que analisa as propriedades medicinais da maconha desde 1960. É o caso de Elisaldo Carlini, psicofarmacologista, professor da Faculdade Federal de Medicina de São Paulo, (Unifesp), diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

"Para doenças que provocam dores neuropáticas (sistema nervoso), como a esclerose múltipla, o efeito é extremamente positivo. Esse tipo de dor não é muito neutralizado pelos analgésicos existentes. Mesmo a morfina tem um efeito menos intenso. Nesses casos, a maconha tem um efeito extremamente positivo, bastante forte", afirma Carlini.

Para os profissionais que defendem a legalização com fins terapêuticos, a utilização da maconha pode oportunizar um grande avanço na medicina. É importante ressaltar que a droga apresenta mais uma possibilidade de tratamento para dor em doenças como câncer, aids, esclerose múltipla e glaucoma.

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