sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Gordinhas felizes sim!

  Por Mimosa Pessoa                              

                                          
  Obra de Raffaello Sanzio  (1483-1520)Foto:www.sempretops.com

Houve um tempo, e este tempo continua existindo, em que as curvas eram mais importantes do que as próprias mulheres…A inteligência ainda não era levada a sério muito menos as opiniões e habilidades intelectuais. As curvas, essas sim, eram encaradas de frente e definitivamente, eram sinônimos de saúde e frutífero matrimônio.

Ser grande era estar na moda. Padrão único de beleza.

Suas curvas eram despudoradamente estampadas nas salas de estar e jantar e não somente nos grandes museus como, infelizmente, acontece nos dias de hoje.

Estão lá, belas, poderosas, grandes e nuas, invadindo salas e mentes através de sua exuberância não velada.O gênio Rafael Sanzio   pintou o quadro que ilustra essa matéria, exaltando a beleza real e não a idealizada.

Desde então passou-se  um período, principalmente fins do século XX, em que a nova ditadura da beleza leva muitas mulheres a desenvolver distúrbios mentais como anorexia e bulimia .Se sujeitam à todos os sacrifícios chegando a prejudicar sua saúde física também. Tudo em busca do ideal de beleza imposto, cujo mandamento maior é ser uma sílfide (pessoa magérrima).

Na década de 80 do século XX surgia uma nova técnica na Itália que prometia resolver o problema da obesidade: a operação bariátrica.

Desenvolvida e testada chegou ao seu apogeu, aqui no Brasil, no início do século XXI. Passado o frenesi inicial, os cientistas chegaram a conclusão que a cirurgia bariátrica resolvia o problema de imediato, mas havia a chance de se recuperar todo o peso perdido. Alegavam eles, que a obesidade está no cérebro e não no estômago. E no cérebro não há, ainda, essa modalidade de intervenção cirúrgica.  

Os efeitos colaterais são enormes, como alcoolismo, distúrbios psíquicos, AVC, desnutrição perene, anemia refratária e depender de remédios e polivitamínicos para o resto da vida etc.

Porém cada vez mais aumenta o número de pessoas obesas ou com sobrepeso que optam por perder peso de forma saudável. Outras preferem suas curvas a mais e mantém um controle sobre sua boa qualidade de vida, principalmente com acompanhamento médico semestral.



                 
                                           

                               Rosiane: Acima de tudo vem o amor por mim mesma

Num mundo onde impera a epidemia da obesidade as gordinhas voltaram a serem vistas como belas. Há um boom no mercado da moda: a modelo plus size. Novamente as gordinhas estão na crista da onda. Ser gordinha hoje em dia pode ser sinônimo de sucesso. 

É o que atestam a miss Brasil Plus Size Cléo Fernandes e a atriz Cacau Protásio, a inesquecível Zezé, de ‘Avenida Brasil’. A primeira, que sofreu de bulimia dos 11 aos 18 anos, agora, aos 25, viaja pelo País inteiro modelando e faz diversas campanhas publicitárias. “Nunca pensei em ser modelo, me surpreendi comigo mesma quando passei a me aceitar”, diz a morena, que ainda deseja melhorias na moda plus size, por exemplo.“As roupas são muito caras. Agora comecei a me vestir melhor, valorizar o meu corpo, então não consigo parar de comprar, mas não há finanças que aguentem”, protesta a modelo.  

Cacau Protásio reclama do mesmo mal. “Preciso ir até São Paulo, em um polo específico de roupas para gordinhas. Acho isso chato, mas não vejo outra solução. No Rio, não há mercado de roupas bonitas para as gordinhas. No Fashion Rio, por exemplo, só tem roupa para mulher magra, seria interessante se tivesse para todos os estilos”, defende a atriz, que não se preocupa com os apelidos. “Todo mundo um dia na vida já sofreu com preconceito e, se você se preocupar com isso, não vive”, pontua ela.

Aline Zatar: a primeira pluz size a posar para Paparazzo
                                                                                                 
Aline Zattar, a miss plus size e primeira gordinha a estrelar um ensaio do Paparazzo, não gostou de certos comentários em suas redes sociais sobre sua silhueta. Mas um especificamente, irritou a modelo e a fez dar uma resposta com direito a cópia de seu exame de sangue e tudo.
"Puro colesterol", escreveu o seguidor no comentário de uma de suas fotos.
Chega de tanto preconceito- Aline Zattar Foto: Divulgação

"Porquê uma gorda não pode ser saudável? Decidi fazer esse post para tentar mostrar paras pessoas preconceituosas, das quais vim lendo comentários como: 'puro colesterol'. Cara, meu colesterol é muito melhor do que o de muita gente que não tem sobrepeso por ai! Não é porque você está acima do peso que isso é sinônimo de saúde podre!", desabafou ela.

"Ninguém aqui está fazendo apologia a obesidade, muito pelo contrário, o que pelo menos eu quero é que as pessoas se amem! E, a partir desse momento, cuidem-se mais. Pois quando você ama consequentemente você cuida. Venho me cuidando muito mais depois que passei a me aceitar e me amar. Minha saúde está muito melhor hoje do que quando vivia em função de emagrecer e me obrigar a emagrecer, mil e umas bagas e fórmulas. Meu objetivo hoje é ser saudável! Tudo o que é demais é problema: gordura demais, magreza demais. Chega de tanto preconceito! Chega desse pensamento doentio! Isso, sim, mata e causa muito mais problemas do que um brigadeiro", postou ela.                                             

 Os homens que amam as mulheres reais


A ditadura da beleza nos faz supor que todos os homens se sentem atraídos pelas mulheres magérrimas exatamente como as vemos nos editoriais de revistas de modas, desfiles e televisão. Neste mundo ditatorial da  moda a gordinha estaria renegada ao escarnio e a solidão. 

A verdade não é essa; existem uma parcela cada vez maior de homens que apreciam mulheres reais, com suas "dobrinhas", curvas e sorrisos generosos. Este é o caso de Pedro Araújo, escritor e blogueiro. Num depoimento corajosos expõe todos os seus desejos:

                                                                                              
                                                  Foto: Aquivo Pessoal                                                                                              
Tive várias namoradas e 90% delas foram gordinhas.
                                                                                                 
"Dizem que as mulheres gordinhas são inseguras e tímidas, mas eu não as vejo dessa forma, porque para mim todas elas são mulheres incríveis, decididas, doces, meigas, enfim, são mulheres de verdade cuja sensualidade e prazer estão sempre à flor da pele, uma vez que elas são deusa do amor, do prazer e da beleza real. Sua presença única modifica o ambiente, pois ela torna tudo mais leve e afrodisíaco, já que a gordinha seduz com o olhar, com seu perfume naturalmente adocicado, com o som da sua respiração no meu ouvido, com o toque de sua pele macia como uma nuvem e com o perfume dos seus cabelos esvoaçantes quando dançam uma melodia de amor embalada por seu corpo belo, volumoso e cheio de curvas deixando qualquer homem louco, delirando e pedindo cada vez mais, mais e mais. Logo, as gordinhas são mulheres verdadeiramente encantadoras, ora são frágeis para que possamos protegê-las e assumirmos o papel de homens fortes e necessários de fato e ora são fortes ao ponto de nos tornar meninos frágeis e dependentes da sua presença e amor, porque os homens são mesmo meninos diante de tão majestosa beleza. Sempre adorei gordinhas, desde criança, quando via os desfiles de moda clássicos na TV, nunca achava legal aquelas mulheres magras, secas e com expressão vazia, sempre admirei as mulheres mais cheiinhas, com curvas, seios grandes, bunda e coxas grossas. Sempre foi assim, tive várias namoradas e 90% delas foram gordinhas, pelas gordinhas me apaixono no olhar, quem nunca teve uma gordinha do lado, não sabe o que está perdendo. Viva a beleza real! ", Pedro Araújo, escritor.



 SÓ SINTO DESEJO PELAS GORDINHAS    
                                                   

Digo para as magrinhas comerem um pouco mais. Homem de verdade gosta de carne.


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