quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A realidade da mulher no Brasil



A situação no Brasil tem trocado nos últimos anos para ao gênero feminino. No campo político, em 2010 Brasil elegeu a primeira mulher Presidenta da República, Dilma Rouself, e atualmente há 11 ministras mulheres. Apesar desses grandes avanços e do compromisso do governo com os diversos tratados e convenções internacionais que garantem os direitos das mulheres, na realidade social do pais os obstáculos permanecem. A situação ainda não melhora, principalmente as de aquelas mulheres mais pobres, indígenas, rurais, negras e indígenas continuam experimentando em suo dia a dia a exclusão social e violência.  O mapa social da mulher no pais mostra que ainda está muito aquém do ideal normativo e do marco constitucional adotado pelo Estado. 

No âmbito do acesso ao trabalho, um 58,8% das mulheres com mais de 16 anos estariam trabalhando, no entanto para os homens na mesma franja de idade a percentagem soube ate um 81% segundo o Anuário das mulheres brasileiras 2011.  Ainda o aumento da presencia feminina no mercado laboral, este se produziu nos sectores relacionados com a educação, a saúde o com serviços sociais como alimentação ou outros serviços domésticos.  Além disso, vale chamar a atenção para o fato de que as negras são as que ocupam os trabalhos de categoria inferior enquanto  as brancas estão mais bem representadas nos melhores empregos, nos setores mais organizados da economia, nos quais a probabilidade de obter salários mais elevados é mais alta. Em 2009, entre as empregadas, 57% eram brancas e 43% eram negras segundo os dados do  Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticado Brasil.

A situação agrava-se quando se atende a remuneração econômica que estas percebem por suo trabalho. Nos cargos com um nível de educação completo elas recebem um 63.5% do salário dos homens. Mais o trabalho da mulher não discorre só no lugar do oficio, quando chega ao lar a discriminação continua sendo uma realidade. Trata-se dum quadro contraditório, porque ao mesmo tempo em que aumenta a presencia e atividade deles fora do ambiente doméstico, não cessam as funções desenvolvidas no lar.  A respeito desta  dimensão, Claudia Mazzei, intelectual crítica afirma que quando o trabalho produtivo é realizado no espaço domestico , o capital explode á mulher apropriando-se  da sua força de trabalho e com maior intensidade dos  “atributos” dele desenvolvidos nas suas atividades reprodutivas.

De acordo com o abordado anteriormente, as normas sexuais e reprodutivas integram um dos pontos de maior tensão no só por a política do governo na aplicação de leis e medidas, sino também por as caraterísticas culturais dum pais a onde as crenças religiosas continuam latentes.  O exemplo mais evidente dessa subjeção da mulher, baixo a justificação do desenvolvimento saudável, é a criminalização do aborto voluntario ainda que os riscos e custos da procriação se dão nas vidas das mulheres,  Mas, em duas situações a lei penal permite o aborto: para salvar a vida da mulher o risco de vida à gestante, em casos de fetos anencéfalos (sem cérebro) (art.128, I) e quando a gravidez é resultante de violência sexual (art. 128, II). Esta condição e proibição obrigam a muitas delas a recorrer as clinicas de aborto ilegais a onde as práticas realizam-se em condições de clandestinidade que põem em perigo as suas vidas.  Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde 1 milhão de abortos clandestinos produzem-se por ano e cada dos dias uma brasileira morre por aborto inseguro.

A prática do aborto em condições de clandestinidade e inseguridade é maior entre as mulheres com um nível social e econômico menor. Segundo o ginecologista e obstetra representante do Grupo de Estudos do Aborto em declarações a uma agencia de comunicação pública, “Um aborto em clinicas clandestinas que não são legalizadas, mas são seguras, pode custar mais de US$ 2 mil. Enquanto um aborto inseguro pode custar R$ 5O”. 


Os diferentes informes mostram como ainda há muito trabalho por fazer para mudar a situação de desigualdade da mulher no pais. As diferencias nuns direitos sociais fundamentais para a vida entre o homem e a mulher dificultam poder falar de uma igualdade real   Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino; Nisia Floresta defensora da educação para as mulheres; Bertha Lutz, fundadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, Maria da Penha, vítima da violência de gênero e defensora duma lei contra este problema, são algumas das mulheres que cambiaram a realidade do pais.

Mas, indígenas, campesinas, brancas, negras, são muitas as mulheres que a historia nao
lembra apesar de que os esforços deles, as palavras, a força, as noites dormindo numa prisão e incluso em muitas ocasiões a vida,  tenham sido fundamentais para o progresso e a consecução dos direitos da mulheres.
 A historia pode esquecer, mas no coração da todas as  mulheres do pais e na força das muitas que ainda continuam lutando a través de plataformas como ong, seus nomes dormem aguardando o dia no que a igualdade entre homens e mulheres abandone as folhas de oficinas institucionais e governamentais para converter-se numa realidade das milhões de ruas que compõem nosso pais.

2 comentários:

  1. Comparado a anos atrás, sem dúvida, as mulheres já conquistaram muito! Mas, infelizmente, ainda existe uma minoria que nos vê apenas como um objeto sexual e se acha no direito de "insultar" ou até machucar algumas mulheres por isso. Essa situação está mais do que comprovada nessa história de mulheres que são molestadas dentro dos vagões de metrô em São Paulo, um absurdo! Uma mulher deve ser livre para escolher a roupa que vestir, ou o jeito de caminhar, sem se preocupar com o que pode lhe acontecer ou com que tipo de "cantadas" ela vai ouvir na rua. Quando ao aborto, não sou contra a vida. Mas, o governo e a sociedade precisa entender que quando uma mulher toma uma decisão assim ela precisa ser assistida de todas as maneiras porque, com certeza, foi uma das decisões mais difíceis que ela tomou na vida. Por isso, um aborto não pode acontecer na clandestinidade, sem o mínimo de cuidados e colocando em risco a vida daquela que assim preferiu fazer com o seu corpo.

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  2. América do Sul vive muito atrasada no desenvolvimento de oportunidades para as mulheres. No Brasil, existem muitas mulheres que sofrem com a pobreza, pela falha médica e por a vida que ele leva. Por isso é necessário uma reforma da lei. Se as leis são feitas para renová-los, eles devem são renovados para as mulheres, mas vendo o país e de ser capaz de fazer uma comparação com a Espanha e Europa (onde a luta pela igualdade das mulheres está nas mentes de todos), acho que pouco a pouco o país vai evoluir e se transformar em um ambiente melhor.
    Falando do aborto, li as linhas sob o aborto e pregunto me se algum día isso seja decição da mulher livremente, não do Governo e menos ainda pela outra entidade.
    Por exemplo, na Espanha agora tem uma lei contra o aborto, mas há muitas manifestações em contra disso e do Ministerio de Justicia.
    Não e justo para a mulher ficar e morar com uma criança que não quere.

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