quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Os gastos da Copa do Mundo no Brasil



Em 2007, no dia 30 de outubro, o mundo recebia a notícia oficial de que o Brasil seria o país anfitrião da Copa do Mundo de 2014. Em Zurique, a reunião do comitê da Fifa contou com a presença do, na época, Presidente Lula, o técnico da seleção brasileira, Dunga, e o jogador Romário.
As exigências da Fifa para que um país seja sede da Copa incluem estádios que apresentem as mesmas condições de conforto e segurança que a de seus equivalentes nos países desenvolvidos, além de hospitais e estacionamentos nas imediações. Ou seja, é necessário que haja preparação das cidades para a recepção das equipes e suas comitivas, além dos turistas que virão para assistir aos jogos.
Pela segunda vez sendo sede da Copa do Mundo, o Brasil disponibilizará 12 cidades-sede, que receberão os jogos da competição: Rio de Janeiro, São Paulo,  Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador. Para a escolha das cidades, foram levados em conta, além dos estádios, o sistema de transporte urbano, os aeroportos, a rede hoteleira, a segurança pública e as opções de lazer. 
Diante de tantos requisitos para receber o evento, o Brasil teve de adaptar-se à eles e, para isso, muitos gastos foram realizados, em construções e reformas de estádios, vias de acesso e transporte, dentre muitos outros. A CBF estima que os gastos já somam em US$ 1,1 bilhão, quando antes o valor estimado para os gastos eram de 2,6 bilhões. O comitê organizador prevê que, no total, serão investidos R$28,1 bilhões em projetos que incluem tanto obras de infraestrutura básica, como aeroportos e corredores exclusivos para ônibus, como, também, gastos relacionados diretamente ao o evento. A Copa está sendo apontada como a mais cara de toda a história, seguida pela Copa do Mundo da África do Sul, com R$ 12,1 mil por assento.
Não se pode negar que havia grandes chances de o Brasil gerar um saldo positivo sendo sede da Copa do Mundo de 2014, com lucro e mudanças importantes para o país, sem que, com isso, houvessem gastos públicos. Mas diante de todos os investimentos julgados desnecessários por grande parte dos brasileiros,  o evento, que deveria trazer benefícios para o país, acabou gerando descontentamento da população, resultando em manifestações de um povo insatisfeito.
“A herança que a copa vai deixar para o Brasil, além do rombo no orçamento da união, com uma obra inacabada e superfaturamento, é de que a população brasileira deixou de ser aquele povo apático que abaixava a cabeça para tudo o que era imposto de cima”, diz Caio Ervedosa, estudante de arquitetura da UFC e morador da cidade de Fortaleza, uma das cidades-sede onde teve seu estádio concluído, o primeiro entre as 12 cidades-sede. A obra do Estádio Arena Castelão custou R$ 518, 6 milhões aos cofres públicos, e tem capacidade para 63.903 pessoas, respondendo e até mesmo ultrapassando um dos requisitos que a FIFA exigiu para os estádios.

Fontes: seção online da Veja

Um comentário:

  1. Interessante reportagem, é uma realidade que a copa está sendo um grande tema de debate no pais. Ha muita gente que nåo acha que ha copa tenha nenhum beneficio para o pais como acha o governo. Ja começamos a olhar a outra realidade do mundial. http://brasil.elpais.com/brasil/2014/03/21/politica/1395435242_941105.html

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