quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Vigilância na Internet - Um malefício ou um benefício?

 Recentemente, acompanhamos a trajetória de Edward Snowden, jovem administrador de sistemas e ex-funcionário da CIA, que protagonizou uma das maiores denúncias do ano: afirmar que a CIA e a Agência de Segurança Nacional (NSA) têm um sistema de vigilância, denominado PRISM, que possui um material sigiloso e ainda desconhecido por todos os americanos.  Esse acontecimento nos serve como exemplo para debatermos a questão: A vigilância na Internet é um malefício ou um benefício para os cidadãos?





 Preocupado com maiores revelações, o presidente norte-americano Barack Obama assegurou que os agentes americanos já alcançaram o equilíbrio adequado entre a necessidade de reunir dados de inteligência e respeitar as liberdades civis. Porém, os cidadãos americanos prosseguem com o questionamento: "Seria isso verdade?". 

 Sabemos que, por lei comum, a Internet pode possuir restrições a depender da Constituição do país a qual é referida; observamos isso no caso da China e na sua disparidade de restrição a conteúdos com outros países, sendo eles orientais ou não. Ora, é sabido que a ordem democrática é baseada na segurança das pessoas e que, para que essas possam se sentir livres dentro do meio civil em que estejam inseridas, elas devem ter conteúdos privados a serem preservados. Desviar-se desse princípio implica na quebra de valores desse meio; e é exatamente com isso que os americanos estão preocupados e, evidentemente, em seu direito de protesto. 

 O PRISM é um programa de vigilância eletrônica altamente secreto mantido pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos desde 2007, que visa fornecê-la diversos tipos de mídia sobre os alvos escolhidos, como correio eletrônico, conversas por áudio e por vídeo, vídeos, fotos, conversações usando voz sobre IP, transferências de arquivos, notificações de login e outros detalhes pertinentes a redes sociais. Conforme a denúncia de Snowden, isso significa que a privacidade, que deveria ser preservadamente realizada, não está sendo. A qual ponto o Governo pode interferir na liberdade do cidadão, e em sua exposição? 

  O presidente Barack Obama não tem refutado a denúncia de Snowden com dados concretos, mas com argumentos baseados em promessas afirmativas, o que não chega a ser uma garantia de preservação de conteúdo da população, ao passo que os americanos continuam pressionando para que o conteúdo da PRISM seja liberado para seu conhecimento. Disso, podemos concluir que não há um benefício enquanto que haja a intervenção no que devemos considerar livre. Não podemos esquecer, jamais, que um dos nossos maiores ideais - senão o maior deles - são as liberdades civis e, com ela, a privacidade.



Nenhum comentário:

Postar um comentário