A
primeira etapa do acordo feito entre o governo brasileiro e a Organização Pan
Americana de Saúde (Opas) trouxe para o Brasil 522 médicos estrangeiros, dentre
esses, 400 cubanos. Para as regiões Norte e Nordestes serão deslocados 364 profissionais. O restante vai atuar
no Sul e Sudeste do país.
Até
o final do ano está previsto a chegada de 3.600 médicos cubanos que prestarão
serviços em 701 municípios que não foram selecionados por médicos brasileiros
com formação no Brasil ou com formação no estrangeiro. A distribuição foi feita
de acordo com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada município e os
cubanos atenderão em unidades básicas de saúde.
Os
16 anos de experiência no Haiti e a especialização em medicina da família, não
livrou os médicos cubanos do preconceito. No dia 26 de agosto,sofreram forte
represália por parte de um contingente de 50 médicos no Ceará, que receberá 28
profissionais cubanos. O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Médicos do Ceará
(Simec). Os membros do Simec xingavam os estrangeiros.
Eles
reivindicavam a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos
(Revalida) para conceder aos estrangeiros o registro profissional de medicina. E indagavam também os 21
dias que os médicos teriam para aprender o português, a medicina e a legislação
do SUS (Sistema Único de Saúde). Outros associações classistas ligada aos
médicos também criticaram a vinda dos estrangeiros e entraram com uma ação no
Supremo tribunal Federal (STF) questionando o programa Mais Médicos.
Tamara Aquino
Tamara Aquino
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